Atendi recentemente um cliente que relatou uma queixa diferente das habituais: a percepção de que seu sono de má qualidade interferiu negativamente nas suas atividades físicas e piorou seu desempenho. Ainda que este relato seja menos frequente nos consultórios que nas academias ou centros esportivos, ele é um problema para os esportistas amadores e profissionais.
Há alguns dias escrevi sobre como a apneia do sono influiu negativamente na perda de peso e na melhora das condições metabólicas em homens com obesidade visceral, apesar de seguirem programa combinado de atividades físicas e alimentação saudável durante um ano. Mas, em relação às mulheres, quais os efeitos que o sono de má qualidade teria sobre a boa forma física? Pesquisadores de Taiwan avaliaram essa relação em mulheres jovens e concluíram que aquelas que tinham sono de má qualidade apresentavam maior probabilidade de ter menores níveis de resistência muscular, flexibilidade e desempenho cardiovascular. Eles recomendaram que materiais educacionais fossem utilizados para impedir que os adultos jovens desenvolvam padrões de sono prejudiciais à saúde e estilos de vida sem atividade física e dessa maneira evitar doenças cardiovasculares e lesões musculoesqueléticas (Lee e Lin. J Sports Med Phys Fitness, 47(4): 462-7, 2007).
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