No consultório, as mulheres se queixam mais de insônia que os homens. No entanto, quando peço que façam um diário do sono durante duas semanas e um exame de polissonografia e os comparo, os resultados parecem pertencer a duas pessoas e não à mesma, por quê? Primeiro, o sono das mulheres é diferente do dos homens. Segundo, elas passam mais tempo na cama e dormem mais. Terceiro, as mulheres dormem melhor que os homens. Quarto, ainda assim, muitas percebem que o sono não é bom ou é ruim. Essa vivência negativa do sono feminino tem intrigado os médicos e pesquisadores especializados em sono há décadas. Possivelmente, as mudanças hormonais femininas que ocorrem na puberdade estão envolvidas nas queixas de insônia (dificuldade para iniciar o sono, acordar várias vezes à noite ou fazê-lo antes do desejado) de diversas maneiras, como no aparecimento de transtornos psiquiátricos (ansiedade e depressão) e nas alterações somáticas e de humor mensais relacionadas à tensão pré-menstrual, conhecida como TPM. Para finalizar, a mulher sente muito mais os efeitos negativos de uma noite mal dormida ou em claro que o homem. A perda do sono para a mulher é mais debilitante e tem mais efeitos negativos para sua saúde, com riscos maiores de desenvolver “pressão alta”, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos, e bem-estar no dia a dia, como as conhecidas olheiras e expressão de “acabada”. Se isso ocorrer com você, procure ajuda médica especializada, pois existem diversas formas de tratamentos para a insônia.
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