As diversas pesquisas que analisaram as possíveis relações entre o tempo que dormimos e o aparecimento de doenças já apontavam para uma relação perigosa entre o número de horas de sono e o desenvolvimento da síndrome metabólica*. Recentemente, os resultados de um estudo no qual foram acompanhadas milhares de pessoas de ambos os sexos, entre 30-65 anos, durante mais de quatro anos, confirmaram esta suposição. Infelizmente, as consequências são mais sombrias. Durante esse tempo, a incidência da síndrome metabólica e do aumento da glicemia em jejum (hiperglicemia) foi mais alta entre as pessoas que dormiram menos de 6 horas ou que dormiram entre 8-9 e mais de 9 horas. Além disso, isto contribuiu para o aumento da pressão arterial entre as mulheres. Os homens que dormiam demais tiveram níveis mais elevados de triglicérides. Agora, depende de você.
Quero dormir melhor. Este é o objetivo.
Fonte: Li X e cols. Sleep Med. 2015.
* A síndrome metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). |