Costumo ouvir em tom de brincadeira quando alguém esquece alguma coisa, “tô com medo do “Alemão”". É uma referência à Doença de Alzheimer (DA), cujos sintomas foram inicialmente reconhecidos psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer. À parte o chiste, essa doença é a forma mais comum de demência e atinge mais frequentemente pessoas idosas, independentemente da existência de antecedentes familiares. Foi publicado há poucas semanas uma meta-análise sobre os fatores que, ao serem tratados ou eliminados, poderiam evitar ou retardar o surgimento dessa doença. Foram citados nove: a obesidade, o estreitamento da artéria carótida, o baixo rendimento acadêmico, a hipertensão arterial, a fragilidade física, o tabagismo, o diabetes tipo 2, os altos níveis de homocisteína e a depressão – estes dois últimos aumentaram significativamente o risco para o desenvolvimento da DA. As evidências também apontaram que o consumo regular de vitaminas B9 (folato), E, C e de café atuariam como fatores dietéticos protetores.
Fonte: Xu W e cols. J Neurol Neurosurg Psychiatry, 2015. |