O diagnóstico da síndrome da fase atrasada do sono, ou transtorno da fase atrasada do sono, é feito por meio das informações que a pessoa relata. Em 2007, a Academia Americana de Medicina do Sono publicou um relatório sobre os parâmetros práticos para a avaliação clínica e o tratamento dos diversos transtornos do sono relacionados ao ritmo circadiano. A seguir, as recomendações para a fase atrasada do sono.
O uso do diário do sono por duas semanas, incluindo dois finais de semana, é um instrumento fácil de usar e que pode ajudar na confirmação ou não desse transtorno; além de trazer informações sobre o ritmo de dormir e acordar, a sonolência diurna etc da pessoa. Também poderá ser utilizado para avaliar os tratamentos propostos, assim como o actígrafo, se estiver disponível.
A polissonografia deve ser solicitada para excluir outros distúrbios do sono, não para diagnosticar o atraso da fase do sono.
Os tratamentos específicos propostos foram: exposição à luz pela manhã e a ingestão de melatonina à noite. Ainda não há consenso se o uso de hipnóticos à noite para iniciar o sono e o de medicações estimulantes para reduzir ou eliminar a sonolência diurna, principalmente pela manhã, trazem benefícios reais.
Na prática clínica, recomendo o uso fototerapia pela manhã ou da melatonina à noite, e, às vezes, sua associação, conforme a rotina de cada pessoa. Duas outras solicitações: manter os mesmos horários para dormir e acordar, inclusive aos finais de semana, e utilizar óculos escuros a partir das 16-17 horas quando estiver na rua.
Fonte: Morgenthaler TI, Lee-Chiong T, Alessi C e cols. Sleep, 2007.
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